Com a pandemia do novo coronavírus, as incertezas aumentaram, os juros caíram e a poupança ganhou mais desvantagens. Por isso, é interessante explorar novas formas de diversificar seus investimentos.
Mesmo em um cenário de instabilidade, é possível escolher opções que ofereçam mais rentabilidade.
Nessa conjuntura, aumentou a procura por investimentos na Bolsa de Valores.
“As incertezas causadas pela crise sanitária levaram muitas pessoas a se desfazerem de suas ações.” explica Daniel Jannuzzi, economista da gestora de investimentos digital Magnetis. “Isso abaixou o preço das ações, tornando o momento propício para aplicar no ativo. Essa é uma ótima forma de potencializar os resultados no curto prazo, pois a bolsa de valores possui muita liquidez – tem potencial de gerar bons lucros em pouco tempo”, reforça Daniel.
Para aplicar na bolsa de valores é importante acompanhar as variações diárias; diversificar os ativos para obter maior proteção; montar a carteira de ações devagar; e focar em empresas estáveis, pois há maior garantia de bons rendimentos.
Porém, antes de começar, é importante conhecer o perfil do investidor, seus objetivos e prazo de investimento.
É preciso levar em consideração como cada pessoa lida com os riscos das aplicações e quais seus objetivos financeiros.
“A experiência com investimentos é também um fator, pois o ideal é começar aos poucos”, ressalta Jannuzzi.
Para investimentos em reserva de emergência ou objetivos de curto prazo é indicado buscar opções com maior liquidez e segurança, que permitam ter seu dinheiro sempre à mão. Alguns exemplos são o Tesouro Selic, CDBs de liquidez diária e fundos de renda fixa. Já aqueles que podem esperar mais tempo (acima de 2 anos) podem investir em: CDB, LCI, LCA, fundo de investimento, previdência privada.
“Essa forma de investir tem grande liquidez, segurança e custos baixos. Porém, é preciso ter cautela, pois, no cenário de crise atual, os títulos atrelados à taxa Selic perderam um pouco da sua atratividade. Mesmo assim, a renda fixa sempre deverá fazer parte da carteira. Mas, para garantir um bom retorno, as aplicações de curto prazo devem ser pós-fixadas, isto é, apresentar retorno atrelado ao CDI”, esclarece o especialista.
Para quem tem objetivos de médio prazo ou pode deixar o dinheiro rendendo por mais tempo (entre 3 e 5 anos), já se pode diversificar mais, incluindo na carteira, além da renda fixa, fundos multimercado, fundos de ações, ETFs e fundos imobiliários. “Os fundos imobiliários (FIIs) ganharam relevância com a baixa na taxa Selic.” aponta Daniel. “Na maioria das vezes, esses fundos são compostos por ativos reais, com ótimos pagadores, o que garante lucratividade sem a necessidade de comprar um imóvel”.
Por fim, pessoas que têm objetivos de prazos mais longos (acima de 5 anos) podem incluir ativos mais arriscados como ações, ETFs, investimentos no exterior e criptoativos. “No cenário atual de crise, é importante conhecer novas formas de se ter uma renda e investir é uma ótima saída, inclusive quando se busca maior estabilidade”.
Não existe fórmula mágica, mas é importante começar o quanto antes e fazer aportes regulares.
Outra dica é procurar um profissional de investimentos devidamente certificado que possa criar a melhor estratégia.
A melhor distribuição dos recursos dentre os investimentos, depende de vários fatores, como o perfil de risco do cliente, experiência com investimentos e prazo do objetivo.
Vale ressaltar que é importante buscar um profissional que atue em uma condição em que não exista conflito de interesses.
Quanto mais clara e transparente for a remuneração desse profissional, mais a pessoa terá certeza de que está recebendo uma recomendação de investimentos isenta e alinhada com seus objetivos.
FONTE: CAPITAL ECONÔMICO